Varizes
As varizes são veias superficiais anormais, dilatadas, cilíndricas ou saculares, tortuosas e alongadas, caracterizando uma alteração funcional da circulação venosa do organismo, com maior incidência no sexo feminino.
As principais queixas clínicas dos pacientes são: dor tipo "queimação" ou "cansaço", sensação das pernas estarem pesadas ou ardendo, edema (inchaço) das pernas, principalmente ao redor do tornozelo, que, freqüentemente, melhoram com a elevação dos membros inferiores e agravam-se no fim do dia, quando se permanece por longo tempo em pé ou sentado, no calor, nos períodos próximo ou durante a menstruação e também durante a gravidez.
Não existe nenhuma relação estabelecida entre a formação de varizes e depilação ou uso de salto alto, assim como não há influência com relação a carregar peso. Subir escada pode ser considerado até um exercício físico, portanto, ajuda a incrementar o retorno venoso.
A ginástica, desde que recomendada pelo médico e acompanhada por professores de educação física, não só não provoca varizes como também é bastante aconselhável para evitá-las. Quanto à musculação, desde que não seja exagerada, não tem contra-indicação.
Dicas úteis para evitar varizes:
• Evitar ganhos exacerbados de peso. EMAGREÇA!!!
• Dieta rica em fibras para evitar a constipação intestinal.
• Procurar não permanecer muito tempo parado em pé ou sentado.
• Não usar cintas abdominais apertadas.
• Realizar caminhadas e/ou exercícios físicos com supervisão médica.
• NÃO FUMAR!!!
• Utilizar sistematicamente meias elásticas, principalmente durante a gravidez.
• Evitar hormônios anticoncepcionais.
• Consulte regularmente seu angiologista/cirurgião vascular!
O tratamento específico das varizes depende, fundamentalmente, da veia a ser tratada. Aqueles cordões varicosos, salientes e visíveis, que elevam a pele, e aquelas pequenas veias de trajeto tortuoso ou retilíneo são de tratamento cirúrgico; já as telangiectasias ou aranhas vasculares devem ser tratadas pela escleroterapia (injeção de uma solução esclerosante dentro destes vasos).
As veias que são retiradas, por estarem doentes, não colaboram para a circulação; ao contrário, sua retirada causa melhoria na drenagem venosa dos membros inferiores, aliviando sintomas e prevenindo as implicações da evolução da doença.
Naqueles pacientes que não querem ou não podem fazer nenhum dos tipos de tratamento citados, pode ser empregado o tratamento clínico com medicamentos, elevação dos membros inferiores e, fundamentalmente, o uso de meia elástica.
Trombose Venosa Profunda
A Trombose Venosa Profunda (TVP), conhecida como flebite ou tromboflebite profunda, é a doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias - vasos sangüíneos que levam o sangue de volta ao coração - em um local ou momento não adequados (devemos lembrar que a coagulação é um mecanismo de defesa do organismo). As veias mais comumente acometidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos). Os sintomas mais comuns são a inchação e a dor.
É uma patologia mais freqüente em pessoas portadoras de certas condições predisponentes - uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal, tabagismo, presença de varizes, pacientes com insuficiência cardíaca, tumores malignos, obesidade ou a história prévia de trombose venosa.
Outras situações são importantes no desencadeamento da trombose: cirurgias de médio e grande portes, infecções graves, traumatismo, a fase final da gestação e o puerpério (pós-parto) e qualquer outra situação que obrigue a uma imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas, etc). Entre as condições predisponentes é importante citar ainda a idade avançada e os pacientes com anormalidade genética do sistema de coagulação.
A TVP pode ser de extrema gravidade na fase aguda, causando embolias pulmonares muitas vezes fatais (embolia pulmonar é causada pela fragmentação dos coágulos e a migração destes até os pulmões, entupindo as artérias pulmonares e gerando graves problemas cardíacos e pulmonares).
Na fase crônica, após dois a quatro anos, os principais problemas são causados pela inflamação da parede das veias que, ao cicatrizarem, podem levar a um funcionamento deficiente destes vasos sangüíneos.
O conjunto das lesões (pigmentação escura da pele, grandes varizes, inchação das pernas, eczemas e úlceras de perna) é chamado de síndrome pós-flebítica. Esta complicação leva a imensos problemas socio-econômicos por ser de tratamento caro, prolongado e extremamente penoso em suas repercussões sociais.
A TVP é, muitas vezes, assintomática. O diagnóstico clínico é difícil. O exame mais utilizado para o diagnóstico da TVP é o Eco Color Doppler.
O tratamento é feito com substâncias anticoagulantes (impedem a formação do trombo e a evolução da trombose) ou fibrinolíticos (destroem o trombo). Mais modernamente, e em situações selecionadas, o tratamento da TVP pode ser feito na própria residência do paciente, usando-se as heparinas de baixo peso molecular.
Pé Diabético
O que é o Pé Diabético?
O nível elevado de açúcar no sangue pode afetar nervos e a circulação sanguínea das pernas. A lesão dos nervos pode causar formigamentos, agulhadas, queimação e até insensibilidade dos pés. Desta forma, o diabético não sente as lesões e estas pioram e podem se infectar, o que pode levar a amputação de pés e pernas.
Principais sintomas:
Os principais são dores nas pernas, principalmente com exercícios, feridas que não curam, pés inchados, azulados e ressecados.
Cuidados:
• É preciso examinar diariamente os pés e ter cuidados com bolhas, rachaduras e ressecamentos.
• Evite colocar os pés de molho, pois eles poderão rachar ou ressecar.
• Nunca ande descalço, mesmo em casa
• Não tente remover calos ou verrugas com curiosos e pedicures sem treinamento.
• Use diariamente uma loção ou creme hidratante nos pés. Retire o excesso e não use cremes entre os dedos.
Diagnóstico:
Peça para seu médico examinar seus pés em todas as consultas.
Consequência do problema:
A diabetes pode levar a amputação dos pés ou pernas.
Estenose de artéria carótida
A insuficiência vascular cerebral é a terceira causa de óbito da população e a segunda causa de óbito entre as doenças cardiovasculares.
As artérias carótidas, juntamente com as artérias vertebrais, localizadas no pescoço, fornecem o fluxo sangüíneo para o cérebro. A obstrução dessas artérias causará o acidente vascular cerebral, cujo quadro clínico dependerá da localização da isquemia e do tempo de duração, podendo se manifestar com perturbações visuais, paralisias transitórias e desmaios na evolução crônica ou o derrame (acidente vascular encefálico) na evolução aguda.
Quando estes sintomas são descobertos, devem ter suas causas identificadas o mais rápido possível para iniciar o tratamento. Para isto, o médico dispõe de vários métodos, como o Eco Color Doppler, a tomografia, a ressonância magnética, a arteriografia, etc.
O tratamento poderá ser clínico ou cirúrgico, na dependência do grau de oclusão das artérias e intensidade do quadro clínico. Igualmente à arteriosclerose, a melhor conduta é a prevenção, buscando a orientação de um especialista.
Erisipela e Linfedema
O que é linfedema?
O sistema linfático desempenha diversas ações na homeostase tecidual e uma disfunção em um determinado segmento corpóreo não só acarreta um edema (inchaço) localizado, mas também alterações histológicas teciduais com transformação para fibrose, aumento das células de gordura e diminuição da imunidade do local afetado.
Linfedema é uma doença crônica que se manifesta pelo acúmulo de líquido intersticial e alterações teciduais ocasionados por uma insuficiência da circulação linfática. O edema resultante apresenta características próprias que o diferencia daqueles decorrentes de outras manifestações clínicas.
Ocorre um aumento progressivo do volume do membro com linfedema por acúmulo de líquido e proteínas no tecido subcutâneo, ou seja, aquele localizado abaixo da pele, e uma alteração gradativa no padrão histológico com importantes repercussões funcionais e estéticas, e que alteram a qualidade de vida dos portadores de linfedema.
Como consequência da diminuição da imunidade local, secundária a uma disfunção da circulação linfática, o membro com linfedema pode desenvolver infecções bacterianas frequentes conhecidas com erisipelas. O processo inflamatório, ocasionado pelas infecções, piora o linfedema e agrava a fibrose tecidual o que aumenta o volume e o peso do membro e limita ainda mais suas funções.
É fundamental o diagnóstico na fase mais inicial do linfedema, pois o tratamento e a orientação adequada podem evitar a progressão do linfedema para as formas avançadas.
O sistema linfático desempenha diversas ações na homeostase tecidual e uma disfunção em um determinado segmento corpóreo não só acarreta um edema (inchaço) localizado, mas também alterações histológicas teciduais com transformação para fibrose, aumento das células de gordura e diminuição da imunidade do local afetado.
Linfedema é uma doença crônica que se manifesta pelo acúmulo de líquido intersticial e alterações teciduais ocasionados por uma insuficiência da circulação linfática. O edema resultante apresenta características próprias que o diferencia daqueles decorrentes de outras manifestações clínicas.
Ocorre um aumento progressivo do volume do membro com linfedema por acúmulo de líquido e proteínas no tecido subcutâneo, ou seja, aquele localizado abaixo da pele, e uma alteração gradativa no padrão histológico com importantes repercussões funcionais e estéticas, e que alteram a qualidade de vida dos portadores de linfedema.
Como consequência da diminuição da imunidade local, secundária a uma disfunção da circulação linfática, o membro com linfedema pode desenvolver infecções bacterianas frequentes conhecidas com erisipelas. O processo inflamatório, ocasionado pelas infecções, piora o linfedema e agrava a fibrose tecidual o que aumenta o volume e o peso do membro e limita ainda mais suas funções.
É fundamental o diagnóstico na fase mais inicial do linfedema, pois o tratamento e a orientação adequada podem evitar a progressão do linfedema para as formas avançadas.
Dra. Luana Parminondi Rocha
CRM PR 25890 - CRM SP 166638
Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.